Maturidade em Gestão de Projetos, Programas e Portfólio: Como Medir para Evoluir
- Marcus Santyago
- 22 de set.
- 3 min de leitura
Introdução
No PMI Rio 2025, um dos grandes destaques foi a importância de medir a maturidade em gestão de projetos, programas e portfólio. A provocação central foi clara: se não medimos, como podemos evoluir? Mais do que um diagnóstico, avaliar a maturidade é um passo estratégico para transformar processos, alinhar objetivos e gerar valor real para as organizações.

O que é Maturidade em Gestão de Projetos, Programas e Portfólio?
Maturidade é a capacidade de uma organização aplicar práticas consistentes de gestão para alcançar resultados previsíveis e sustentáveis.
Projetos: iniciativas temporárias com objetivos específicos.
Programas: conjuntos de projetos coordenados para gerar benefícios integrados.
Portfólio: visão estratégica que equilibra programas e projetos com os objetivos do negócio.
Quanto maior a maturidade, maior a habilidade da organização em alinhar esforços ao planejamento estratégico, reduzir riscos e aumentar sua competitividade.
Por que Medir a Maturidade é Essencial?
Medir é a base para evoluir. Sem indicadores claros, a organização fica no escuro quanto ao desempenho de sua gestão.
Principais benefícios:
Identificar pontos fortes e lacunas.
Definir prioridades e alocar recursos de forma mais eficiente.
Reduzir riscos e retrabalhos.
Ampliar a taxa de sucesso dos projetos.
Estudos do PMI mostram que organizações com maior maturidade em gerenciamento alcançam melhores resultados de desempenho, retorno sobre investimento e engajamento das partes interessadas.

Modelos de Maturidade Mais Utilizados
Para medir a maturidade, existem frameworks reconhecidos internacionalmente. Alguns dos principais são:
OPM3 (PMI Organizational Project Management Maturity Model): criado pelo PMI, mede práticas de gestão em projetos, programas e portfólio.
P3M3 (Portfolio, Programme and Project Management Maturity Model): foca na maturidade de forma segmentada e permite avaliações específicas.
CMMI (Capability Maturity Model Integration): voltado para processos e desenvolvimento de capacidades.
Esses modelos fornecem uma visão clara do nível atual da organização e indicam caminhos para o avanço.
Como Medir para Evoluir?
Medir não é um fim, mas um meio para transformação. O processo de evolução normalmente segue quatro etapas:
Diagnóstico inicial: aplicar um assessment de maturidade.
Identificação de gaps: mapear deficiências e oportunidades.
Plano de ação: construir um roadmap realista para avançar em níveis de maturidade.
Monitoramento contínuo: acompanhar indicadores e revisar práticas.
Indicadores comuns incluem taxa de sucesso dos projetos, alinhamento estratégico, gestão de riscos e eficiência no uso de recursos.

Tendências e Insights do PMI Rio 2025
Durante o PMI Rio 2025, especialistas reforçaram que maturidade não é estática. Ela precisa acompanhar as novas demandas do mercado, como:
Agilidade: combinar práticas tradicionais e ágeis de forma integrada.
Transformação digital: usar dados e tecnologia para apoiar decisões.
Inteligência artificial: aplicar algoritmos para priorização de projetos e análise preditiva.
A maturidade do futuro é adaptativa, digital e centrada em valor.
Perguntas Frequentes (FAQ)
Como saber o nível de maturidade da minha organização?
Aplique um assessment baseado em modelos reconhecidos, como o OPM3 ou o P3M3.
Qual o modelo mais indicado para empresas brasileiras?
Depende do porte e do segmento, mas o OPM3 e o P3M3 são os mais utilizados.
É possível evoluir sem grandes investimentos?
Sim. Muitas melhorias dependem mais de processos claros e alinhamento estratégico do que de grandes recursos financeiros.

Conclusão
Medir a maturidade é dar o primeiro passo para uma evolução consistente em gestão de projetos, programas e portfólio. Não se trata apenas de aplicar um framework, mas de criar uma cultura de aprendizado contínuo.
A reflexão que ficou no PMI Rio 2025 é poderosa: sua organização está apenas executando projetos ou está realmente evoluindo através deles?


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